quarta-feira, 11 de agosto de 2010

ECONOMIA NA BAHIA COLONIAL

A atividade econômica mais importante no Recôncavo foi o plantio da cana-de-açúcar
e a sua transformação em açúcar. Essa atividade era realizada nos engenhos e envolvia os dois principais grupos da sociedade baiana da época: os donos de engenho e os escravos.
Na época colonial o plantio da cana e a fabricação do açúcar era o meio mais rápido de se torna rico. Os senhores de engenho lucravam muito, mas, os portugueses lucravam ainda mais, pois compravam o açúcar produzido na Bahia e revendiam a outros países da Europa, onde ele era muito valorizado.
Para garantir o máximo de rendimento e atender o mercado externo, plantava-se quase exclusivamente cana, em grande quantidade (monocultura). O rei de Portugal autorizou os donatários e os governadores-gerais a doarem sesmarias para a implantação da agricultura extensiva de cana somente àqueles colonos que tivessem recursos necessários para explorá-las.
Entre 1550 e 1650, o Brasil foi considerado o maior produtor mundial de açúcar. A economia açucareira também estimulou outras atividades econômicas como a pecuária
(onde o gado além de ser usado como força de tração para o transporte e moagem da cana, era também comercializado na produção de carne seca e couro no mercado interno), estimulou também a lavoura do tabaco (que era cultivado no Recôncavo e exportado para Portugal e para a África, onde era trocado por escravos), e também a produção do algodão (que apesar de não ter a mesma importância que a cana-de-açúcar teve também o seu lugar garantido na economia baiana).
Para o consumo dos moradores das fazendas e vilas, eram plantados gêneros de subsistência, como mandioca, arroz, milho e feijão. Muito indígenas também se ocupavam desse tipo de lavoura e ensinaram os portugueses a cultivar plantas nativas do Brasil. Os indígenas também trocavam com os colonos produtos artesanais, como redes, cestas e cerâmicas.
Os portugueses exploravam os produtos brasileiros, cobrando altos impostos dos produtores e proibiam qualquer contato comercial da população local com outros países. Todo comércio era feito pelos portugueses. Nessa situação, não era possível desenvolver nenhuma indústria que não fosse açucareira, e os brasileiros eram obrigados a comprar produtos europeus de comerciantes portugueses.
Essa situação causava enorme insatisfação, principalmente entre a população baiana, que era a grande produtora de açúcar e possibilitava muitos ganhos aos portugueses.

domingo, 8 de agosto de 2010

DEUSES GREGOS E ROMANOS


Os principais deuses romanos identificavam-se com os deuses gregos e tinham as mesmas atribuições, apenas mudavam os nomes.

 deuses
GREGO
ROMANO
Soberano dos deuses
Zeus
Júpiter
deusa do matrimônio
Hera
Juno
deusa do amor e da beleza
Afrodite
Vênus
deusa da inteligência
Atena
Minerva
deusa da agricultura
Deméter
Ceres
 deus dos mares
Posseidon
Netuno
deus do vinho e da fertilidade
Dionisio
Baco
deusa da caça
Ártemis
Diana
deus da guerra
Ares
Marte
deus do fogo
Hefestos
Vulcano

Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga Além dos deuses eram :

- Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles ou Hércules e Aquiles.
- Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
- Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
- Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
- Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
- Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa
- Quimeras: mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.
O Minotauro: monstro com corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, habitava um labirinto na ilha de Creta. Alimentava-se de sete rapazes e sete moças gregas, que deveriam ser enviadas pelo rei Egeu ao Rei Minos, que os enviavam ao labirinto.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Mito da caverna - Platão

REPENSANDO A HISTÓRIA.

Narradores de Javé, um filme brasileiro de 2003, do gênero drama, dirigido por Eliane Caffé.

Nesse filme há muitos pontos e contra-pontos interessantes pra se estudar, analisar e questionar dentro da História.
A Autora nos faz refletir a respeito da veracidade dos fatos históricos, tanto a falada quanto a escrita. Até que ponto os historiadores tem sido fiéis aos fatos? Se na maioria dos casos eles não estavam lá pra ver. Muitos deles narram a história num tempo completamente diferente ao seu, e é muito óbvio como existem textos tendênciosos que englobam muitos paradigmas.

O filme narra à preocupação de um povo sertanejo que vive em extrema pobreza, e que além de tudo passam a correr o risco de verem sua história e sua cidade inundadas pelas águas de uma usina hidrelétrica. Juntos tentam arranjar um jeito de impedir a destruição, e pensam em escrever um livro contando a história de Javé para que esta fosse tombada como patrimônio histórico, e conseguir com isso reconhecimento para continuar vivendo em seu povoado. Só que essas pessoas só podiam contar com um escritor na cidade, Antônio Biá que era o único que possuía o conhecimento da escrita e da leitura, uma pessoa com o caráter extremamente duvidoso, mas era a única opção que se tinha.
A história seria relatada por cada cidadão que dispusesse a contar sua versão, o que acabou se tornando um grande tumulto, pois todos queriam ter algum tipo de participação no enredo da história, principalmente no que se trata do protagonismo, eles queriam colocar seus ancestrais nos papéis principais, cada um inventava uma história mais mirabolizante. Achando pouco, o suposto “historiador” dava sempre seus “pitacos” e pra deixar as histórias mais apimentadas, ele sempre contava uma versão mais “floreada”. Interferindo assim nos depoimentos que já não eram de muita confiança.
Como “historiador” oficial da cidade ele possuía o poder de dar o rumo que quisesse ao enredo.

A riqueza que o filme nos traz principalmente na analise da historiografia é muito grande, mas ele nos faz ainda atentar para questões sociais e que nos dias de hoje ainda é muito presente. Pois a ganância de alguns grupos de elite continuam passando por cima e esmagando a grande maioria, sem se importar com o que realmente há de valor. Por conta de interesses próprios continuam destruindo valores, crenças, histórias de vida, que nem se quer chegam a serem escritas.

O filme nos faz chegar a conclusão de que realmente a história não é algo pronto e acabado, que deve ser simplesmente repassado. Mas ela é algo vivo que deve sempre ser explorado e instigado. Fontes existem diversas, verídicas ou não, a verdade é que ao certo nem sempre sabemos. Mas o bom historiador  é aquele que se aprofunda nas pesquisas, e procura sempre buscar chegar o mais perto da veracidade do fatos.